Amanhã vou assistir pela terceira vez a uma autópsia. Já sei o que vai acontecer do início ao fim. Não tenho especial prazer no processo mas quero ir. Hei-de conseguir explicar melhor porquê.
Tal como as ciências, a nossa vida não é um traço contínuo e é abalada de vez em quando por mecanismos de ruptura. Kuhn chamava a isto a mudança de paradigmas.
O último mês destituiu o meu pequeno ex-paradigma, o modo como via o mundo. Estou a estrear um outro, nem melhor nem pior, e é como conduzir um carro diferente do nosso.
Dá-me jeito desculpar a minha falta de iniciativa com o Kuhn mas ele concordaria comigo que após uma fase de ruptura é crítico começar de novo.
Este Inverno…
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…para além de frio está a ser bonito. As árvores despidas e a luz demasiado
branca e suave fazem as minhas delícias. A pouca chuva também me agrada.
Não es...
Quando o amor vira paixão
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Este é um relato breve, mas verdadeiro de quando o amor assume a forma de
paixão. Sim, a paixão nunca é a primeira fase do amor, mas é uma expressão
tardia...
Os Preciosos
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Lembro-me pouco da afinação em si, e praticamente não tenho memória do
estado em que encontrei o piano.
Lembro-me sim do motivo que me fez ir àquela casa. O...